sábado, 19 de janeiro de 2013

Presente

Retomo alguns hábitos. Beijar o gato, acender um cheiro, comer um pouco e usar mascavo. A vela derreteu tão devagar que tive bastante tempo para pensar. Errei tão feio da última vez que agora já sei o que é não amar. Apertei o gatilho, sufoquei o passado e ainda não sei dizer não, mesmo não querendo. É como comer comida fria e sentir muito enjoo. É como vomitar de tanto nervoso. É como ter passado a vida toda organizando tudo, sem realizar. Como três pratos frios até chegar ao quente. Minto e erro duas vezes até conseguir reparar em que momento repito as mentiras e caminho outra vez para o engano. Faço carinho no gato, ouço sua música na cabeça e prefiro outra banda. Hoje vou descer uns vinte goles, vou brindar a minha felicidade e as coisas que vou fazer sem me organizar. Quero poucos e todos. Todos os poucos que falam grego. Quero que meu telefone toque para pensar política meio a palavrões. Quero homens e mulheres. Todos com apartamento. 

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