sexta-feira, 18 de março de 2011

Repostagem

O carnaval já passou e foi lindo.
Alguns anos já se passaram desde que escrevi isso e não acredito que fui eu. Precisa de revisão como a maioria dos meus textos, mas eu gosto.
Hoje é aquele dia que eu resolvo abrir meu blog, ler as coisas que eu escrevo e decidir que escrevo bem. Que me falta coragem, paciencia, carinho e confiança em mim mesma.
Alguns amigos confiam em mim. Vou repostar um repost que o Brunito fez em 2008, de um texto que escrevi sei lá quando.
Quem sabe não me animo e começo a cuidar do meu blog com mais carinho.




SÁBADO, 5 DE ABRIL DE 2008

Noite dos mascarados

Hoje vou compartilhar um texto fanstástico, baseado na música Noite dos Mascarados de Chico Buarque. Desde da vez que li fiquei encantado, tanto com a música que escutei uns dias antes de ler. O texto é lindo e foi escrito por uma grande amiga minha, Paula Clapp.Vocês vão gostar.

" - Eu sou seresteiro, poeta e cantor
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor
- Eu tenho um pandeiro
- Só quero um violão
- Eu nado em dinheiro
- Não tenho um tostão...
- Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar"

Chico Buarque

E assim foi a noite inteira uma eterna apresentação. Dentre os tantos esbarrões que atrapalhavam os beijos e os confetes que grudavam nas costas tão bonitas daquela moça, Ele podia jurar que se não fosse carnaval se casaria com ela, mas pra evitar o que sempre temeu achou melhor nem perguntar seu nome, só continuar dançando e respondendo suas perguntas. Agora, ela ... se espantou com a cantoria tão antiga para um rapaz tão novo. Se encantou com mãos tão bonitas e dança a toda hora. Me deixa ir, pedia. Os dois queriam pular entre aquela multidão fantasiada, se entrelaçar pelas serpentinas, sentir o gosto das drogas que ali se serve discretamente. E ao mesmo tempo queriam se encontrar a cada três passos. " Vou ali ", " Fico aqui", Corrida para o banheiro. Ele realmente voltou e ela esperou. Não que no caminho não tenha promovido outras mulheres a suas atuais amantes, nem que ela na dor da espera não tenha se consolado com outros. Foi como o tal casamento evitado. Amor bandido de carnaval. Amor bandido de todos os dias. Do cotidiano mesmo, feito em uma noite, pulo a pulo, sem perder nem um sorriso e evitando as lágrimas. Lágrimas só as que ele pintou, faziam parte de uma metade do seu palhaço.
Um palhaço e uma boneca. Exatamente o que eram por fora e por dentro. Para que lavar o rosto? Para que tirar aquela mascara tão bonita que pintaram no plano exato de procurar seus pares. Assim foi até o salão ficar vazio e abrigar apenas os recém casados daquela noite, os amantes fugidos e alguns solitos que se afogaram na bebida.

Paula Clapp


" Mas é carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal ... "

Chico Buarque




sábado, 26 de fevereiro de 2011

A marca dos seus olhos

A dor não está nele, nem em mim. Não é culpa da saudade, nem da nossa nova oportunidade. Dói saber que sentimos algo que não sabemos definir, e o que não tem definição não tem lugar no mundo. Não faz namoros, nem casamentos, nem mesmo brigas. Não sabemos definir e não somos capazes de juntar essas dúvidas, assim eu fico aqui, você fica aí e apenas nos permitimos pensar, sonhar.
O que também não me livra da dor, das lágrimas, e as vezes da felicidade de ainda saber como é você. Quando acho que esqueci seus traços, um sonho mostra que lembro os traços, o cheiro e os olhos de lágrimas, com a marca do lado, que eu tanto amo. É, amo. Guardei no fundinho de alguma gaveta do meu ser, está quietinho, mesmo me mostrando que não se apagou sempre que aparece nos sonhos. Assim as coisas vão acontecendo. Assim como você todas as coisas que aconteceram, e todos as coisas que acontecem são exatamente quem sou eu, ou pelo menos a parte de mim que reconheço.
Muitas gavetinhas. Que guardam pessoas e outras coisas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pinto todos os dias as unhas de uma cor diferente, o que não adianta nada, sempre borro na hora de pagar o trocador ou quando resolvo fumar antes mesmo de pegar o ônibus. Nos últimos meses ganhei alguns quilos e isso me impede de usar as roupas que quero ou de me sentir confortável na calça jeans, mas tudo bem, já aceitei que minha relação com alimentação é estruturada de uma maneira bastante esquisita, compulsiva. Coloco bastante café na caneca, que mancha a mesa sempre no mesmo lugar. Começo a pensar tudo que tenho que fazer, penso no dinheiro que preciso pra pagar contas e não tenho, penso que amar o trabalho não vai pagar as contas e pagar as contas não vai me fazer amar o trabalho.
Uma música começa a tocar na casa do lado, lá mora um casal. Eu tenho certeza que a cena foi a seguinte, ele levantou, olhou para ela com olhos de uma criança que teme perder aquele travesseiro com cheirinho, e ligou o som. Voltou e deitou com ela, abraçando. Ela fez um barulho que aprendeu com ele, para demonstrar prazer. Nesse momento o casal já deixou de ser o da casa do lado, bebo o final do café, espero que o doce do fundo da caneca me traga de volta para realidade. Até quando vou sair da minha casa sem ao menos levantar da cadeira na hora do café?Como biscoitos, claro. Se não o jeans estaria perfeito.
Meus pés me levam até o banheiro, talvez incomodados com a sujeira que não limpei de suas solas antes de dormir. Minha cabeça coça, e tem cheiro de travesseiro. Tenho notado que meus hábitos de higiene estão precários, e isso foi gradativo. Tem a ver com não acreditar no corpo, não controlar o sono e não ter resolvido bem minha fase oral. Ui, odeio pessoas que citam psicanálise, mais um motivo para eu não gostar de mim.
A lista de coisas para fazer está aumento, o prazo de entrega do projeto terminando, o apartamento fechando as portas, as roupas diminuindo, meu português sumindo, as dores oscilando, a saudade de sentir saudade, as máscaras caindo.

É, hoje foi um péssimo dia.








domingo, 27 de junho de 2010

Quem sabe






Vamos falar sério
Tirar nossas roupas
Olhar-nos para sempre
Até nossos olhos secarem
Quem sabe até ficarmos cegos

Pouco tempo nos aproxima
Alguns anos te afastam de mim
Vou sorrir para os seus olhos
Até que minha boca seque
Quem sabe até partir e deixar marcas

Vamos mentir um pouco
Ficar aqui sentados para sempre
A praia está linda
Vou esperar até a aguá enrugar meus pés
Quem sabe até nunca mais poder levantar

terça-feira, 8 de junho de 2010




testando.


testando.



An' what it all comes down to
Is that everything's gonna be fine fine fine

segunda-feira, 31 de maio de 2010




Já pode começar a chover. Vai completar a cena. Dois sentados na calçada, duas garrafas e caminhos diferentes pra casa. A casa antiga ficou assim, ruínas, as quais se tudo der certo serão destruídas pela mesma chuva que vai molhar roupas que nunca vão mais secar.
Ele tem os olhos serrados, faz tanta força para não chorar que nem percebe que isso faz dele mais triste do que ela, que só parou de chorar porque não tinha mais forças. O medo de levantar e nunca mais estar juntos trava os dois no chão sujo. Talvez fosse melhor morrer ali.

Desculpas para confusões criadas por mentes que ao invés de funcionarem juntas preferem a distância. Tentativas frustradas de não chegar em lugar nenhum. Pessoas que ela colocou na vida dele, outras que ele colocou. Pessoas que ela colocou na dela. Pessoas que desaparecem junto com todo o resto. Implorando por uma paz que conhecem bem. Uma paz que só é possível divida e que insiste em se fazer sozinha.

Depois de tanto apelo para isso, ela só pode ir embora. Erra o caminho. Chega até a antiga casa dos dois, não tem mais a chave. Não sabe nem onde fica a porta. Senta na calçada oposta. Só vai sair de lá quando não sobrar mais nada. Enquanto isso começa a lembrar do dia que o conheceu, vai lembrar até esquecer qual era o perfume daquele dia. De tanto lembrar aquilo vai perder a importância. Espera sentir enjoo de pensar no mesmo cheiro tanto tempo, sem parar para respirar nada novo. Promete agora nunca mais errar o caminho. Nem os restos no chão podem fazer parte da sua vida.






quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tem um filme que nunca acaba. Uma água que nunca ferve. Um travesseiro que quase cai no chão. Algumas folhas quase balançam. O vento vai entrar pela janela. Um motor ainda quente. Tudo cheio de poeira. Nada se move. Dois que dormem. O único movimento em cenário congelado. Só assim. tudo dá certo.


domingo, 28 de fevereiro de 2010

there's a moment. there's always a moment.

Tudo que esperei veio por outros lados, direto de outros olhares. Tentando desviar, tentando manter meus pés em sua casa, acabei assistindo seus dedos enrolarem outros fios de cabelo que não os meus. Assim, minhas lágrimas ajudaram a descolar meus pés do seu chão e seu silêncio foi substituído por outras palavras.
Surpresas são sempre benvindas e agora a saudade é por minha conta. Não conheço seu caminhar e nunca vou conhecer, a qualquer momento ele pode desviar do mim, já que você não segura na minha mão. Não gostar de caminhar sozinho e querer caminhar comigo são duas coisas totalmente diferentes. Olhe para frente, o que você vê ?
Tanta incerteza acabou com o que havia antes. Não há nada trincado, quebrado ou rachado, certas coisas mesmo que continuem intactas deixam de combinar com nossa estante. Nem mesmo os sinas que me atingem todos os dias são capazes de trazer a beleza que existiu de volta, são apenas sinais que finalmente faço questão de fingir que não vejo.
Há muito mais poesia na minha caixa de correio do que em toda essa história. Sinto falta da fantasia, do que nunca existiu. Minha saudade não tem direção, são fantasmas do que desejei e pintei em você.
Agora é o momento.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."

Clarice Lispector



Alguma coisa já consigo ler. Isso é um bom sinal .
Um beijo feliz para que anda triste .

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

more than songs can say.

Procurei decorar todos os detalhes, dos quatro cantos. As lembraças ficaram embaçadas como se eu estivesse no fundo de uma piscina, lágrimas que não pingavam, ficaram contidas enquanto eu olhava bem para onde não queria estar nunca mais. O colorido que fica bem organizado por uma das paredes, tudo que não sei nomear, algumas das minhas coisas espalhadas. Além das imagens decorei o som, o cheiro, sua presença e as ausências que lhe perseguem.
Existe um tempo certo. Por isso me levantei, coloquei meu sapato e arrisquei levar seu casaco para o frio que poderia estar fazendo. Quem não sente falta de nada, não iria sentir do casaco. Quase no silêncio total uma gota desceu pelo canto do nariz e tudo aquilo que não controlo me fez sentar na ponta da cadeira, perto da porta. Quase voltei, quase fiz qualquer barulho para chamar atenção. Lembrei do tempo, lembrei que não é tão difícil assim.

Agora tudo parece calmo. Vazio e tranquilo. Deixei tudo que eu tinha pelo caminho. Agora vou parar com tudo, não vou mais buscar essas fotos que mostram o quanto nos perdemos, o quanto não somos mais nada. Ainda tenho as dores do dia que abandonei a minha mesma. Sinceramente prefiro as dores de abandonar você. Não porque eu quero. Só não há mais lágrimas, nem força. A última escorreu pelo rosto, não fiz barulho. Prefiro te deixar sonhando.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Vou tentar explicar. Eu não inventei nada, já veio tudo pronto. Os olhos, as marcas, a cor, altura, as mãos, o sorriso (forçado ou não). Se eu tivesse inventado até ia ficar parecido e sem defeito de fábrica. Ou melhor, qualquer qualidade que pra mim é defeito. Enfim, essa é a primeira parte. Aquela que já veio pronta.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ritmo?

Ficaria rolando aqui por horas, olhando os detalhes que se derretem como as velas de algumas horas antes. Sem falar nada é muito melhor, melhor ainda se eu pudesse não abrir meus olhos durante alguns segundos. Segundos que você se colocava na situação ridícula de sempre sair por cima. Aposto que foi ruim para todos, até mesmo para você que pensa que estava ganhando. Existe então a perfeição enquanto rolo por aqui, a perfeição que agora se alcança enquanto você dorme, enquanto não se exibe. Na verdade se exibe na sua melhor forma, serena.
Não que eu odeie seu jeito, se não gostasse não me arriscaria tanto, não colocaria meu coração no jogo mais idiota que existe. Só que eu prefiro você chique, você nas suas certezas intelectuais, nas suas músicas de Caetano, no seu sorriso natural, e agora no seu sono discreto e bonito. Quando você desce o andar, você desce também o nível, desce e erra os degraus, sem perceber que muitos trejeitos podem ser belos no cinema nacional e não no nosso, digamos, relacionamento.
Sabe o que eu me lembro você enquanto dorme ? Que eu " gosto de ver você no seu ritmo, dona do carnaval " . Ainda vou descobrir qual pilha que se liga quando você sai por aí, qual botão a multidão aperta em você.
Por enquanto aceito sofrer. Aceito dividir e ver que divido. Aceito seu ritmo.
Você é linda.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

São Paulo

A escada está muito suja e eu não importo com isso. Posso afirmar que vejo tudo amarelado, quase sépia.Subo degrau por degrau colocando meus dois pés em cada um antes de subir para o próximo.Ambiente sépia, pensamento também. Antes nunca tivesse atravessado a porta da sua casa pela primeira vez, assim agora eu teria a minha casa, assim agora eu não subiria lentamente essas escadas.
Sempre achei terraços de prédios encantadores e nunca tinha estado em um. Assistia na tv, no cinema. Sempre tem uma cena romântica que se faz mais linda meio ao cinza dos prédios, e quanto mais janelas ao redor melhor, mais chances de alguém testemunhar algo tão lindo.Há 5 anos atrás essa escada estava limpa e o prédio tinha sido abandonado a pouco tempo. Enquanto subo lembro do sapato que você usava no dia que subiu comigo pela primeira vez, no dia que sem eu nunca ter dito nada sobre terraços você me trouxe no alto da cidade mais cinzamente linda que eu conheço, São Paulo.
São Paulo me trouxe mais do que imaginei quando resolvi viajar apenas para passar as férias. Depois de tanto estudar nos últimos períodos da faculdade, depois de tantas brigas com minha mãe, depois de perder aquele que muito enganda achei que era o amor da minha vida, fiz as malas e pronto : São Paulo. Muitos prédios, muito cimento, muita gente, muitas janelas, tudo que eu queria. Sozinha cheguei e sozinha pretendia ficar. Até ser invadida por algo que posso sentir até hoje.
-Me empresta seu isqueiro?
-Eu não fumo.
-Deveria.
-Você não deveria.

Desde então fomos só nós dois.
Bem brega nosso começo. Mas prefiria um fim brega, um fim em que você deixasse de me amar. Não que você fosse embora assim. Morrer não é brega.
*
Finalmente chego no fim da escada. Respiro fundo antes de abrir a porta de ferro, você sempre abria para mim. Vou sentar e esperar a dor passar, amanhã volto pro Rio. Aqui tudo me lembra você, aqui tudo é como esse terraço. Melhor deixar aqui muitas lágrimas, muita saudade e um pedaço de mim.
Lá embaixo a sépia vai voltando a ser cinza, sento bem na pontinha e nada de ruim passa na minha cabeça, é só a saudade que parece abrir o chão. O cinza não me parece mais bonito, parece só cinza. Vou buscar nas cores da minha cidade alguma tranquilidade, vou desejar nunca ter vindo para cá. Assim como desejei nunca ter ido na sua casa na noite do isqueiro. Esses desejos duram o tempo de me arrenpender por ter desejado. Nenhuma dor é capaz de fazer com que eu não queira ter vivido todos os segundos que vivi ao seu lado.
*
Construímos juntos muito mais do que já está embrulhado para mudança, construímos tudo que eu sou agora, com erros e acertos eu aprendi o que é gostar de alguém. Vou prender nossa foto na porta de ferro e descer as escadas.

domingo, 15 de novembro de 2009

Livro

É a última vez que venho até aqui e como você não está resolvi deixar uma carta.
Até acho seu apartamento agradável mas na verdade estou aqui pelo prazer de devolver esse livro. E que merda de livro! Digo que é uma merda não por ter sido você o autor, e isso já seria um motivo e tanto. Digo isso porque realmente achei uma porcaria. Demorei mais de 3 meses para acabar essas poucas páginas que você foi capaz e escrever, cheias de pouca criatividade e pouca vergonha. O seu livro é uma merda e você também.
O mais engraçado é que nem consigo acreditar que entrego isso sem nenhuma lágrima nos olhos. Acho que o tempo que demorei para ler e a quantidade de besteiras que foram aparecendo ao longo das páginas foram deixando os meus sentimentos por você assim, mais secos do que nunca. Agora posso te tratar do jeito que você merece e te devolver o livro.
Planejei dizer muitas coisas na sua frente porque afinal de contas quem gosta de despedidas e justificativas por telefone não sou eu. Não é ? Só que infelizmente você não está e não pretendo te procurar de novo, porque te procurar é uma coisa que já fiz demais. Então resolvi deixar esse quase bilhete só para comentar a sua produção literária, afinal críticas são sempre importantes.



Uma boa vida para você.

ps: Não me mande mais nenhum girassol. Eu não gosto mais .